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Vereadores conhecem reestruturação do atendimento de urgência


O projeto de reestruturação do atendimento de urgência e emergência de Araras foi apresentado aos vereadores nesta segunda-feira. Convidado pelo presidente José Roberto Rimério – Miqueira (PTB), o médico cardiologista Agnaldo Píspico, responsável pelo serviço na cidade, ocupou a Tribuna Livre para justificar as novas iniciativas.
Intitulado de “Porta Aberta” o principal objetivo é criar uma nova cultura para o atendimento de pronto-socorro na cidade. Nessa reestruturação, segundo Píspico, os 17 PSF´s (Unidades do Programa de Saúde da Família) terão um papel fundamental passando a atender os pacientes considerados estáveis, sem necessidade de emergência, e que hoje concentram 90% do atendimento do Pronto Socorro da Santa Casa de Araras.
São 500 atendimentos considerados pronto-atendimento por dia e 15 mil no mês. “Mas nem todos se enquadram na verdadeira urgência. São reclamações de enxaqueca e outras patologias de rápida resolução”, completou o médico.
Pela novo sistema o Pronto Atendimento do Hospital Municipal (Zona Leste) e o Pronto Socorro do Hospital São Luiz apenas atenderão urgências após encaminhamento pelo PSF. “Claro que se alguém aparecer para ser atendimento não vai ser dispensado. Não podemos negar atendimento, mas é uma cultura que precisa ser modificada”, esclareceu.
Enquanto isso, de acordo com Píspico, nos PSF´s as consultas não seria mais marcadas para o período da manhã, facilitando o atendimento.
Outra mudança prática está na locomoção de alguns recursos humanos do Pronto Socorro para o Pronto Atendimento. A tendência é transformar o Hospital da Zona Leste referência no atendimento infantil, e para isso a primeira modificação é concentrar o atendimento de urgência para crianças, principalmente, à noite, na Zona Leste. Somente lá deverá ficar um médico socorrista infantil. Os números mostram que apenas 12 crianças são atendidas por noite na soma dos dois hospitais, com maior concentração na Zona Leste.
Outra mudança está no quadro de enfermeiros. “Discutimos muito este problema e vimos que o quadro de enfermagem está super dimensionado em virtude de férias, afastamentos e horários de jantar e descanso nos turnos de 12 horas. Sendo assim optamos por contratação de um enfermeiro assistencial responsável pelo plantão e sala de emergência 24 horas (total de seis enfermeiros) que é obrigatório por lei e terá função além de atender coordenar a equipe do Pronto Socorro criando um espírito de equipe”, relatou o médico.
Quanto aos técnicos algumas demissões podem acontecer em função da criação do horário vespertino com jornada das 17 às 23 horas, com dois técnicos, e mantendo os demais em jornadas de 6 horas de manhã e à tarde. “Dois técnicos serão mantidos em plantões de 12 horas com o enfermeiro. Quanto o risco de ocorrer um acidente com múltiplas vítimas ou outra necessidade de demanda um plano de chamada interno ou externo deve ser acionado”, explicou Píspico que alertou que todas essas modificações deverão ocorrer com cautela para a adequação de todos.
 
Segunda fase
            Cuidadoso em sua explicação, Agnaldo respondeu todas as perguntas dos vereadores, preocupados principalmente com os riscos que a população pode correr com a mudança. Mas os dados eram totalmente técnicos e sustentavam cada nova informação.
            Numa nova fase deve acontecer a terceirização da equipe médica com três empresas contratando os médicos socorristas adulto (clinico) cirurgião e socorrista infantil que possibilitará uma redução da tributação trabalhista e de impostos para os médicos. ”Com este modo de contratação permitirá estabelecer pré-requisitos técnicos e clausulas contratuais com multam se ocorrerem falhas como falta a plantão, atrasos, demora no atendimento, entre outras. Tive como base os contratos de concessão de Rodovias para determinar as metas e as punições”, alegou Píspico.
Segundo ele, a demissão dos médicos seria por conta da Prefeitura que deve tentar um acordo coletivo. ”A receptividade dos médicos esta sendo muito favorável, e com as mudanças poderemos resolver um problema grave que é a falta de cirurgião no plantão que é fundamental para a sobrevida de pacientes graves, principalmente os poli traumatizados que têm o melhor resultado de sobrevida na primeira hora”, enfatizou o médico. A redução dos custos deve chegar a R$ 50 mil por mês.
Para encerrar Agnaldo Píspico disse que o paciente deve ser atendido no local certo com a destinação correta dos recursos. “Vamos melhorar as chances de sobrevida em pacientes vítimas de trauma ou clinicamente graves, melhorando os recursos da Santa Casa de Araras. Não podemos achar que todos vão entender o projeto, mas ele é necessário”, concluiu.


Publicado em: 22 de maio de 2007

Publicado por: Imprensa

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Categoria: Notícias da Câmara

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