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Prefeito Meneghetti depõe na CEI do Sindsepa


O prefeito de Araras, Luiz Carlos Meneghetti (PPS), foi ouvido na manhã desta quarta-feira pelos vereadores que integram a CEI do Sindsepa, que tem a função de apurar possíveis irregularidades no repasse de valores descontados em folha de pagamento dos servidores municipais pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Araras, que realizaram empréstimo com instituição financeira com intermediação da referida entidade de classe.
O depoimento durou cerca de uma hora, tempo suficiente para que Meneghetti explicasse a posição da Administração Municipal frente ao caso. Antes dos vereadores Walter de Oliveira (PPS), Ricardo Franco (PV) e Breno Cortella (PT), iniciarem suas perguntas, pediram que o prefeito discorresse sobre seus conhecimentos nesse assunto. “Eu já sabia do problema com o Sindicato. Soube até de alguns servidores que estavam como nome no Serasa”, começou ele.
Na seqüência Meneghetti disse que chegou a procurar o Sindicato para informar que não iria mais fazer o pagamento para o Sindsepa e sim diretamente ao Banco. “Isso foi em outubro de 2004. Nós ajuizamos uma ação de consignação para começar a fazer o depósito diretamente na justiça, porém a juíza determinou que o depósito fosse feito direto ao sindicato”. Todos esses fatos foram apresentados com a cópia de documentos, e um deles foi redigido pelo próprio sindicato, no final do ano passado, pedindo que a Prefeitura deixasse de repassar os valores para a entidade, repassando direto para as financeiras. “O que não seria possível pela inexistência das leis. E além disso eu pedi que eles esperassem o andamento dos trabalhos da CEI que já estava em andamento na Câmara Municipal”, completou.
Sobre as conversas com os dirigentes do Sindsepa e representantes do Banex S/A Crédito, Financiamento e Investimento, Meneghetti explicou que houve um pedido para que não houvesse a intermediação do sindicato. “E mais uma vez eu expliquei que era necessária a alteração da lei que não permite convênios da Prefeitura com instituições que não sejam da cidade”. Mesmo assim, Meneghetti se comprometeu a assinar um documento mostrando-se ciente das negociações. “Mas esse documento não solicitava oficialmente uma mudança na lei. Por isso essa alteração nunca foi encaminhada ao Legislativo”, explicou o prefeito.
Sobre o fato dessa carta estar sem timbre da Prefeitura Municipal de Araras, Meneghetti relatou que a assinou por não ter visto problema em seu conteúdo e que ela fora elaborada pelo próprio banco.
Questionado pelo vereador Breno Cortella se o vereador Irineu Norival Maretto (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Araras, chegou a participar de alguma reunião com a diretoria do sindicato e do banco, o prefeito respondeu que não. O mesmo vereador ainda quis saber qual o motivo de Meneghetti se negar a ser ouvido nas dependências do Poder Legislativo. A resposta foi simples: “Pela preservação do cargo. Qualquer processo em que o chefe do executivo esteja envolvido ele pode escolher o dia e o local para ser ouvido”.
Já o vereador Walter de Oliveira quis saber se em algum momento o sindicato procurou a Prefeitura para algum tipo de ajuda. Meneghetti explicou que por várias vezes isso aconteceu quando o pagamento foi suspenso. Sobre seu relacionamento com Airton Sabino de Pádua, presidente do Sindsepa, Meneghetti disse que é meramente pelo fato dele ser presidente da entidade.
De todos os documentos citados e mostrados por Meneghetti foram entregues cópia aos vereadores para ser anexado ao processo.
 
Nova oitiva
Para esta quinta-feira é aguardado um representante do Banco BMC. Wilfred Silva de Oliveira, supervisor de cobrança e convênios, deverá comparecer às 10 horas na Câmara Municipal.
Nesta semana, além do prefeito Luiz Carlos Meneghetti, foi ouvida a ex-funcionária do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Araras. Maria Fernanda Adolfo trabalhou durante um ano e meio na entidade, registrada como auxiliar de escritório.
Também já fazem parte do processo os depoimentos do diretor da Secretaria Municipal de Administração, Sérgio Marcos Zurita Fernandes, este por duas vezes ouvido, de Marizeth Baghim Morandim, diretora do Departamento da Fazenda, do advogado Cícero Alves de Lima, do Departamento Jurídico do Banco Ficsa, e Antonio Carlos de Souza, supervisor de cobrança do mesmo banco, do promotor de negócios Hugo Alberto Gonzalez do Banex S/A Crédito, Financiamento e Investimento e de três funcionários públicos municipais que passam pelos problemas que estão sendo apurados.


Publicado em: 27 de julho de 2006

Publicado por: Imprensa

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Categoria: Notícias da Câmara

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