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CEI: Terceirização de serviço gera polêmica nos depoimentos


Um dos três empresários ouvidos na tarde desta quarta-feira (2) pelos vereadores que integram a CEI da Escola “Ettore Zuntini” afirmou que não recebeu o valor combinado pelo serviço que executou na obra. Pedro Luiz Silva Santos teria sido chamado para construir uma mureta em torno da escola por um senhor que ele chama de “Zequinha”.
Ele disse ainda que seu serviço foi terceirizado pela empresa de Marcial Hermínio da Silva Damázio, contratado, via pregão eletrônico, para executar os serviços de gradil, fechamento e mureta, mas que soube desse repasse de serviço apenas depois de ter iniciado o trabalho.
O combinado com Zequinha, segundo ele, era receber R$ 22 mil pelo serviço. Até o momento foram pagos R$ 10 mil. O restante, em depoimento, ele informou que foi entregue ao engenheiro Luiz Pitaluga Neto, ex-diretor de Infraestrutura da Prefeitura, pelo empresário Marcial Damázio.
“Eu encontrei o Pitaluga e ele confirmou que recebeu o cheque por Sedex. Mas disse que ficaria com dinheiro para cobrir o tempo que ele trabalhou na Prefeitura”, afirmou Pedro Luiz Silva Santos. Após essa declaração, o depoente ainda disse que fez contato com uma tesoureira da Prefeitura e esta lhe disse que o ex-secretário não poderia ter ficado com o dinheiro.
Num depoimento anterior, também ocorrido na mesma tarde, Marcial Hermínio da Silva Damázio confirmou que o serviço de mureta tinha sido terceirizado para o mesmo senhor chamado de Zequinha.
“Quando cheguei pra fazer o serviço que eu tinha sido contratado o Pitaluga disse que a mureta já tinha sido começada e era para eu acertar, com quem estava fazendo esse serviço, a terceirização. Foi então que eu tratei com o Zequinha”, explicou Damázio.
O primeiro depoente disse ainda que está, há 15 dias, refazendo parte dos serviços em função de falhas na instalação do gradil. “Mas estes erros aconteceram porque a mureta foi feita sem considerar o declive da rua. Por isso, algumas grades ficaram fora do tamanho certo”, emendou ele.
Pelo serviço ele teria recebido R$ 169 mil, valor abaixo, em função de um pedido de desconto, dos R$ 202 mil tratados no pregão em que participou. Damázio ainda confirmou que o pagamento de R$ 22 mil pela mureta foi feito, isentando-se do não pagamento.
Quanto ao fato de refazer os serviços, ele disse que foi chamado pela atual administração para comparecer na obra. “Na época eu não percebi os problemas. Mas estou disposto a reparar as falhas em decorrência da mureta. Eu até forneci novas tampas para as colunas. As primeiras foram roubadas e isso permite que a água da chuva seja acumulada, o que a gente sabe que não é certo”, completou.
 
Mais depoimento
            Ainda nesta quarta-feira prestou depoimento o representante da Coopevil – Cooperativa dos Trabalhadores da Construção Civil. José Gonçalves Filho, conhecido como Paraíba, iniciou falando do orgulho de ter trabalhado na obra. Ele deveria ser sido ouvido na última sexta-feira. Alegando compromissos anteriormente assumidos, ele pediu uma nova data para comparecer diante dos vereadores Derci Tófolo (DEM) - presidente, Eduardo de Moraes (PP) – a quem caberá fazer o relatório conclusivo, e Breno Cortella (PT) – membro.
            A cooperativa foi a responsável pelas obras de instalação elétrica interna e instalação hidro sanitária e pluvial. Questionado sobre a falta de disjuntores no quadro de distribuição ele informou que o fato se deve ao tamanho irregular dos quadros de energia, mas que a situação já seria reparada pela Coopevil.
Esta CEI foi instaurada com o objetivo de apurar possíveis irregularidades na licitação, projeto, construção e inauguração da Escola Municipal Especial “Ettore Zuntini”. A unidade, inaugurada no dia 30 de dezembro do ano passado, não está funcionado por vários problemas estruturais. Ela está localizada na Avenida José Marques da Silva, antigo Centro de Lazer do Trabalhador “Ettore Zuntini”.


Publicado em: 03 de setembro de 2009

Publicado por: Imprensa

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Categoria: Notícias da Câmara

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