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Representantes do Sindicato da Construção Civil e do Mobiliário de Araras, e também do Sindicato Paulista da Construção, convidaram o vereador Prof. Léo Gurnhak (PT) para uma reunião onde deverão debater a implantação do Projeto de Lei que proíbe o uso e a comercialização em Araras de produtos que contenham amianto, também conhecido como asbesto, muito comum na fabricação de telhas e reservatórios de água.

O encontro acontece nesta terça-feira, às 9 horas, no Clube dos Bancários. Segundo o presidente do sindicato local, Nilson Burger, o objetivo é mostrar ao vereador como é feita a comercialização do produto em Araras.

Também participa do encontro o vereador Carlos Jacovetti (PSDC), convidado pelo vereador Léo por ser engenheiro e ter conhecimento profissional sobre o manuseio do produto na cidade.

O amianto é apontado por especialistas como altamente prejudicial ao organismo, sendo causador de câncer e de outras doenças graves do pulmão.

De autoria do vereador Léo, o projeto prevê a proibição do material nas construções públicas ou privadas, bem como proíbe a concessão de alvará de funcionamento a empresas que comercializem ou operem com produtos e materiais que contenham a substância. O documento prevê um prazo de cinco anos para que o município substitua produtos de amianto por outras alternativas de materiais, e a população, através da Prefeitura, tenha acesso a campanhas de conscientização sobre os riscos do uso das substâncias.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer) amianto (termo originário dolatim) ou asbesto (nome de origem grega) são nomes genéricos de um minério encontrado no solo muito utilizado pelo setor industrial.

No Brasil, ainda conforme o Inca, cerca de 25.000 trabalhadores são expostos ao asbesto nos vários segmentos da indústria e na mineração. O setor cimento amianto ou fibrocimento responde por 85% do amianto utilizado em 30 fábricas, contabilizando aproximadamente 8 mil trabalhadores expostos. Metade dos telhados, no Brasil, são de fibrocimento, por serem uma alternativa barata e prática.

Para o vereador, a legislação estadual e os entendimentos dos tribunais que proíbem o uso do amianto não estariam sendo suficientes para banir a substância, carecendo de instrumentos municipais para fortalecer a fiscalização.

Na semana passada o vereador apresentou a proposta aos vereadores durante a sessão ordinária, na Palavra Livre – espaço dedicado à manifestação dos legisladores. Ele mostrou fotos registradas por sua assessoria em vários pontos da cidade. Muitas refletem o mau uso, com descarte inadequado das telhas. Inclusive no lixão da cidade.

É por esse motivo que o Léo pretende realizar uma ampla discussão sobre o tema com a comunidade ararense. Para ele é fundamental discutir com os comerciantes, profissionais de saúde, sindicatos e autoridades ambientais os riscos que essas telhas representam. “É uma questão de saúde pública”, completa.